É bastante corriqueiro ouvirmos no dia a dia o relato de colegas de trabalho, amigos ou familiares que estão se sentindo ansiosos devido seus compromissos, mas o que é a ansiedade? A ansiedade é um processo físico e mental comum do ser humano, que acontece quando o indivíduo se encontra diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa.
Existem duas categorias de ansiedade: a normal e a patológica. A normal é caracterizada pelo sentimento de receio e/ou aflição, acompanhada por alterações físicas como taquicardia, sudorese, dilatação de pupila, tremores, etc. A ansiedade normal é aquela que afeta a maioria dos seres humanos e os seus sintomas são autolimitados, ou seja, determina os seus próprios limites, geralmente à uma ocasião específica (dia do casamento, entrevista de emprego, etc.).
A ansiedade patológica é uma doença caracterizada pela presença de um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. O indivíduo que possui essa doença sente a ansiedade em situações comuns do cotidiano, ou possui uma resposta absolutamente desproporcional ao risco, ou mantêm a ansiedade cronicamente.
A vida do indivíduo que sofre de ansiedade patológica pode ser muito afetada pela doença, pois a sua percepção é limitada e a tomada de decisões acaba sendo dificultada, podendo evoluir para uma restrição social. O que difere a ansiedade normal da patológica é justamente a intensidade dessa emoção, o que ela desencadeia e seus impactos na funcionalidade da pessoa.
Os Transtornos de Ansiedade compreendem os casos em que há a presença de uma ansiedade acentuada, que desempenha papel fundamental nos processos comportamentais e psíquicos do indivíduo, causando-lhe prejuízos em seu desempenho profissional ou acadêmico e nas relações sociais. Estes distúrbios são mais comuns do que pode parecer, pois afetam cerca de 10 a 20% da população, sendo um pouco mais frequentes em adultos jovem, com predomínio no sexo feminino.
As causas que desencadeiam um transtorno de ansiedade são complexas e variam de caso para caso, porém existem os tipos mais comuns que são divididas em duas categorias: fatores psicossociais e fatores biológicos.
Os fatores psicossociais são as situações cotidianas que envolvem perigo ou ameaça, no qual é ativado um estado de alerta essencial para a autodefesa do indivíduo. Porém, pessoas que apresentam um estado ansioso tendem a superestimar a situação de perigo.
Os fatores biológicos são quando os neurotransmissores serotonina e GABA, responsáveis por controlar a resposta de estresse do ser humano, são alterados no Sistema Nervoso, causando um estado de ansiedade.
Abaixo citaremos os seis tipos mais comuns de transtornos de ansiedade.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada, comumente conhecido por TAG, é o distúrbio mais comum de ansiedade patológica. O indivíduo que sofre deste transtorno possui uma alta variedade de preocupações excessivas e pressentimentos durante a maior parte do dia, pelo período mínimo de seis meses.
A TAG pode estar acompanhada de diversos sintomas físicos, como tensão muscular, inquietação, fadiga, falta de ar, taquicardia, sudorese, entre outros. A ansiedade e a preocupação acentuadas ou os sintomas físicos causam sofrimento e prejuízos significativos no funcionamento social, ocupacional e em atividades de lazer do indivíduo.
O TOC é caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões, onde os pensamentos obsessivos trazem a ansiedade que só é aliviada por comportamentos compulsivos. As compulsões são definidas por comportamentos repetitivos, como rituais de verificação ou de organização, ou por atos mentais, como orar, contar ou repetir palavras mentalmente. O indivíduo se sente obrigado a realizar a ação em resposta a uma obsessão.
A exposição a um estresse traumático acontece quando o indivíduo experiencia ou testemunha uma ocasião que envolve morte ou grave ferimento, ou qualquer outra ameaça à integridade física própria, de familiares ou de pessoas próximas. Quando exposto ao evento traumático, a pessoa desenvolveu intenso medo, impotência ou horror.
A pessoa que sofre deste transtorno costuma reviver o evento traumático, seja sob a forma de pensamento, imagens ou em sonhos. Ela também pode ter a sensação de que o evento traumático esteja ocorrendo novamente, e passa a se comportar como se o vivenciasse naquele instante.
A principal característica de um ataque de pânico é a intensa sensação de medo e desconforto seguida por pelo menos quatro dos seguintes sintomas somáticos ou cognitivos, os quais iniciam abruptamente e atingem um pico em cerca de 10 minutos:
A Fobia Específica manifesta-se quando há um temor acentuado e irracional acerca da presença ou antecipação de objetos ou situações específicas como voar, animais, tomar injeção, ver sangue, etc. Devido a esquiva, a antecipação ansiosa ou o sofrimento na situação fóbica, a rotina do indivíduo é prejudicada significativamente, causando assim disfunções nas áreas ocupacional, social ou de lazer.
A Fobia Social compreende um medo intenso de situações sociais ou de avaliação, ou quando o indivíduo é exposto a pessoas estranhas. A pessoa possui muito medo de agir de maneira humilhante ou embaraçosa, como também em demonstrar os sintomas de ansiedade.
Se você acredita estar sofrendo de algum dos tipos de transtorno, não perca tempo e procure um médico!
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