Em todo o mundo, 1% da população sofre com epilepsia. Somando à isso, 5 a 10% dos indivíduos devem sofrer uma crise epiléptica pelo menos uma vez na vida. Isso nos mostra que, por mais que pareça uma porcentagem baixa, se analisarmos a quantidade de pessoas no mundo, são milhares de indivíduos que sofrem com sintomas provenientes de epilepsia.
A epilepsia é uma desorganização nas ondas cerebrais, ou seja, uma propagação descontrolada de impulsos elétricos que afetam diferentes partes do cérebro e que, dependendo de qual parte foi afetada, produz efeitos em nosso corpo.
Essas mudanças inesperadas no cérebro, típicas da epilepsia, são chamadas de crises, e essas crises podem ou não ser convulsivas.
Se a área afetada do cérebro for a área motora, por exemplo, isso pode causar contrações musculares repetitivas em determinadas partes do corpo, ou até mesmo em várias partes. Já a área da vigília, causa crises de ausência, que seria um estado de “desligamento” do cérebro.
Outro aspecto importante é que a epilepsia é caracterizada quando acontecem mais de uma crise com certa frequência, não estando associada à nenhum outro tipo de complicação no cérebro. Uma crise convulsiva não necessariamente será sinônimo de epilepsia.
Geralmente as crises duram alguns segundos ou minutos, e tem poucas chances de afetar o cérebro. Já crises mais longas, passando de 20 minutos, possuem sérios riscos de causar danos.
Mesmo após extensa investigação diagnóstica, muitas vezes não é possível estabelecer a causa exata da epilepsia. Existem casos em que ela pode ser associada à genética, se houver casos na família, mas também pode ser desencadeada devido A distúrbios metabólicos, lesões estruturais no sistema nervoso central (AVC, tumores, traumatismo craniano…) e até mesmo infecções, febre alta em crianças e consumo excessivo de álcool.
Uma das causas de um tipo bastante conhecido de epilepsia é uma doença que atinge o lobo temporal mesial, gerando uma inflamação que o atrofia com o tempo.
Dependendo da região do cérebro em que ocorre a perturbação na atividade das células nervosas, os sintomas podem ser diferentes, tendo ou não uma convulsão somada aos sintomas. Além disso, as crises podem ser classificadas em generalizadas e parciais. A seguir, listamos alguns tipos de epilepsia conhecidos:
Um tipo de crise generalizada, também conhecida como “grande mal” este tipo de epilepsia está associado à crises severas de convulsões, dificuldade de respirar, incontinência urinária, ranger dos dentes, salivação extrema, rigidez dos músculos, confusão, agressividade e outros.
Crises que ocorrem a partir do córtex cerebral, podendo gerar convulsões parciais ou generalizadas. Perda de consciência, alteração de humor, espasmos musculares e muitos outros sintomas dependendo das regiões afetados do cérebro.
Quando ocorre um “desligamento” do cérebro, onde a pessoa fica com um olhar fixo, podendo até mudar de cor. Quando volta ao seu estado normal, o indivíduo não se lembra do que aconteceu.
Alguns sintomas podem incluir movimentos de músculos do rosto, formigamento nos braços e pernas, movimentos de mastigação, olhar vazios e outros.
De maneira geral, os sintomas mais conhecidos de uma crise de epilepsia são:
– Olhar fixo ou ‘ausência’;
– Convulsões;
– Sensação de perda de sensibilidade ou formigamento de um membro do corpo;
– Movimentos repetitivos e estereotipados;
– Contrações musculares repentinas, como abalos musculares;
Esses sintomas podem variar dependendo da área afetada e do grau de intensidade da crise epiléptica.
Para tratar a epilepsia, utiliza-se o uso de medicamento antiepilépticos, e sua escolha é baseado no tipo da síndrome apresentada. Estes medicamentos têm como objetivo evitar crises convulsivas e outros sintomas, e não curar efetivamente a doença. Em alguns casos, existe a possibilidade de cirurgia.
É muito importante que, mesmo após uma crise isolada, o indivíduo procure um neurologista para investigar e diagnosticar o caso, pois pode existir alguma patologia que causou o processo. Assim, é possível fazer o tratamento correto da doença de acordo com os sintomas e exames.
Um dos sintomas mais comuns associados à epilepsia é a convulsão, que é caracterizada pelo movimento involuntário de membros do corpo de um indivíduo, apresentando um comportamento confuso, juntamente com salivação, agressividade e outros sintomas.
Em um caso como este, é muito importante que não se interfira no processo, pois muitas vezes isso pode causar uma piora na situação. O ideal a se fazer é retirar objetos perigosos do alcance do epiléptico, não colocar nada em sua boca e não oferecer nenhuma bebida ao alimento durante a crise.
Por mais que muitos acreditem que seja preciso evitar que a pessoa morda a língua por exemplo, a inserção de dedos, panos ou colheres pode ser ainda mais prejudicial, portanto deve-se esperar a crise cessar.
O melhor a se fazer, além de aguardar a crise terminar, é colocar um travesseiro na cabeça do indivíduo para evitar causar danos maiores, e virá-lo de lado, para que não se afogue com a própria saliva.
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