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É bastante comum as pessoas se assustarem ao se deparar com o termo “demência”, principalmente por falta de informação sobre esse quadro. A demência é a perda lenta e progressiva das capacidades cognitivas, que interfere diretamente nas atividades diárias do indivíduo. Ela não é uma doença específica, e sim um grupo de sintomas caracterizado pela disfunção de pelo menos duas áreas do cérebro, como a memória e o discernimento.

A demência afeta um número grande de indivíduos. Apenas no Brasil são registrados mais de 2 milhões de casos por ano, sendo mais comum em pessoas com idade superior a 60 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas afetadas pela demência triplicará nos próximos 30 anos graças ao envelhecimento da população mundial.

Existe mais de uma forma de demência, e as suas causas podem ser diversas, como tumores cerebrais, traumatismos, doenças metabólicas, abuso de álcool, baixos níveis de vitamina B12 no organismo e as de causa degenerativa.

Neste post vou focar em algumas das principais demências classificadas como irreversíveis, também conhecidas como degenerativas, ou seja, nas quais o quadro do paciente vai se agravando com o passar do tempo.

 

Alzheimer

A Doença de Alzheimer é a doença mais popularmente conhecida quando o tema da demência é abordado. Ela afeta principalmente a memória do indivíduo, pois as conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, de tal maneira que essa região do cérebro vai diminuindo, atrofiando. Além da memória, a pessoa pode apresentar grande dificuldade em orientação no espaço, como também confusão mental, o que a impede de fazer atividades rotineiras, além de distúrbios do comportamento e do sono.

Por ser uma doença progressiva, a pessoa que sofre de Alzheimer e está em um estado mais avançado pode se tornar mais agressiva e apresentar certas ideias paranoicas, sendo uma consequência direta da perda de memória recente.

Ao envelhecer, é comum as pessoas ficarem com medo de terem a doença após sofrerem qualquer tipo de esquecimento. Para ser diagnosticado, é muito importante que o paciente faça uma consulta com um médico especializado, que irá avaliar se o comprometimento cognitivo interfere nas funções do dia-a-dia. O Alzheimer não possui uma cura, mas os medicamentos e as estratégias de controle podem melhorar os sintomas.

 

Demência vascular

A demência vascular é causada pela ocorrência de múltiplos infartos no cérebro ao longo da vida do indivíduo. Quando o suprimento sanguíneo do cérebro é prejudicado devido a problemas cerebrovasculares e cardiovasculares, isso resulta em alterações cerebrais e, em alguns casos, especificamente na parte cognitiva.

Nos estágios iniciais, a demência vascular causa dificuldade cognitiva de raciocínio e julgamento. Em fases posteriores, a memória é afetada.

É possível retardar a progressão da doença fazendo escolhas de vida saudáveis como: controlar o teor de açúcar no sangue para reduzir o risco de desenvolvimento de complicações relacionadas ao diabetes, acompanhar os níveis de pressão arterial, fazer atividades físicas regulares e parar de fumar.

 

Demência de Corpos de Lewy

A demência de corpos de Lewy é uma doença degenerativa do cérebro que compromete regiões responsáveis por funções como a memória, o pensamento e o movimento, e é causada pela degeneração e morte das células cerebrais. O nome dá-se pelo acúmulo da proteína chamada Corpúsculos de Lewy, que se desenvolvem dentro das células cerebrais.

Esta doença surge com o avançar da idade, sendo mais comum acima dos 60 anos e provoca sintomas como alucinações e psicoses, perda de memória progressiva e dificuldade para concentrar, assim como tremores e rigidez muscular.

 

Demência Frontotemporal

A demência frontotemporal (DFT) é um tipo de demência caracterizada pela atrofia e perda de células nervosas dos lobos frontais e temporais. Os lobos frontais são responsáveis pela regulação do humor e comportamento, enquanto que os lobos temporais estão relacionados com a memória. Nesses casos, as alterações de comportamento ficam mais evidentes quando comparadas às dificuldades de memória.

 

Doença de Parkinson

Sim, a Doença de Parkinson (DP) também pode evoluir com um tipo de demência, que é a chamada “Demência da Doença de Parkinson”. Além dos sintomas típicos da DP, após alguns anos de evolução do quadro de base, o paciente começa a evoluir com alterações cognitivas e piora do equilíbrio.

 

Demência provocada pelo álcool (Síndrome de Korsakoff)

É comprovado que o abuso de bebidas alcoólicas interfere na memória, na capacidade cognitiva e no comportamento. O álcool em excesso tem efeito nocivo para as células nervosas, alterando o seu funcionamento e resultando nos sintomas de demência. As partes cerebrais mais vulneráveis são as implicadas na memória, planejamento, organização e discernimento, além das habilidades sociais e equilíbrio.

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