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depressão

A discussão em torno da depressão tem crescido cada vez mais nos últimos anos, assim como o número de pessoas que sofrem da doença. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de depressão estão aumentando globalmente (18,4% desde 2005), e estima-se que a doença será a enfermidade mais incapacitante em todo o mundo até o ano de 2020.

Apesar da popularização do tema, ainda é comum que a depressão não seja vista como uma doença, por ser confundida com tristeza ou preocupações passageiras. Esse preconceito pode ter graves consequências, principalmente no tratamento de casos que podem ser mal realizados, e o indivíduo vir a sofrer uma recaída.

Para que você possa compreender ainda melhor a depressão, reuni as informações mais relevantes sobre a doença nesse post. Ao final, caso ainda tenha dúvidas, fique à vontade para deixar suas perguntas nos comentários, ou no Instagram @pedroalbinoneurologista.

 

O que é a depressão?

A depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhada da incapacidade de realizar atividades diárias, durante pelo menos duas semanas.

Diferentemente das mudanças de humor rápidas e de curta duração do cotidiano, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde, afetando todas as áreas da vida do indivíduo (pessoal e profissional). Em casos mais graves, a doença pode levar ao suicídio. Segundo a OMS, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

 

Causas

A depressão é o resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Cada vez mais, pesquisas sugerem que esses fatores podem causar mudanças na função cerebral, incluindo alteração na atividade de determinados circuitos neuronais no cérebro.

A depressão pode afetar qualquer pessoa, e em qualquer idade.

Indivíduos que experienciaram situações adversas ao longo da vida, como traumas psicológicos, luto e até mesmo desemprego, são mais propensas a desenvolver a depressão. A doença pode causar ainda mais estresse e disfunção, piorando a situação do paciente.

 

Sintomas

A depressão pode ter motivos evidentes ou não, e possui diversos sinais e sintomas que podem ser isolados ou somatizados, sendo eles:

  • humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  • desinteresse, falta de motivação e apatia;
  • falta de vontade e indecisão;
  • sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
  • pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima;
  • interpretação distorcida e negativa da realidade;
  • dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • diminuição do desempenho sexual e da libido;
  • perda ou aumento do apetite e do peso;
  • insônia, despertar matinal precoce ou, menos frequentemente, aumento do sono;
  • dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos.

 

Classificação

  1.    Episódio depressivo: é a primeira vez que a pessoa passa pela depressão, podendo ser de forma leve, moderada ou grave.
  • Leve: apresenta dois ou três dos sintomas, sem grave prejuízo nas atividades diárias.
  • Moderado: apresenta quatro ou mais sintomas, com sério prejuízo nas atividades diárias.
  • Grave: apresenta muitos sintomas com grande intensidade, severo prejuízo nas atividades diárias e ideação suicida elevada.
  • Grave com sintomas psicóticos: é acompanhado de alucinações, ideias delirantes, lentidão psicomotora ou de estupor (estado de inconsciência profunda) de uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais se tornam impossíveis; pode existir o risco de suicídio, desidratação ou desnutrição.

 

  1.    Transtorno depressivo recorrente: caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos. O transtorno pode comportar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade (hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes precipitados por um tratamento antidepressivo.

 

  1. Transtorno afetivo bipolar: esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono, além da aceleração do pensamento.

 

Tratamento

Os tratamentos podem ser não medicamentosos, como algumas mudanças de rotina e hábitos de vida, terapia, ou através de medicamentos. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis no mercado. Não existe um tempo exato definido para o tratamento da depressão, por isso, varia bastante de paciente para paciente, pois situações como causa, gravidade e intensidade dos sintomas, além da possibilidade e vontade da pessoa em seguir o tratamento corretamente têm muita influência sobre cada caso.


Se você acredita estar sofrendo de depressão, não perca tempo e procure o quanto antes por ajuda.

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