Insônia: causas e tratamento

A insônia é uma das principais queixas de pacientes que buscam cuidados médicos, sendo um distúrbio persistente que prejudica a capacidade de um indivíduo adormecer ou ainda permanecer dormindo durante o período de descanso.

Esse distúrbio é uma das perturbações do sono mais comuns e é associada ao aumento da morbidade e até mesmo da mortalidade por doenças cardiovasculares, psiquiátricas e por acidentes.

Grande parte da pessoas pode sofrer de insônia durante algum momento da vida, por uma causa específica, entretanto existem casos em que o indivíduo apresenta uma insônia crônica, onde esse distúrbio irá perdurar durante um período maior que o normal.

Causas

Algumas condições podem vir a facilitar o surgimento da insônia. Abaixo estão citadas algumas das principais causas encontradas em indivíduos que apresentam esse quadro clínico:

• • Ansiedade: a ansiedade em excesso pode acabar dificultando e atrapalhando o sono, pois a mente preocupada não desacelera nem mesmo quando dorme, provocando um sono agitado e o despertar precoce;
  • Depressão: essa condição pode levar aos dois extremos, dormir mais do que o normal ou causar insônia;
  • Condições médicas: algumas doenças podem afetar diretamente na qualidade do sono, como a fibromialgia, que gera dor por todo o corpo sem justificativa aparente;
  • Cafeína: bebidas que contenham cafeína são estimulantes bastante conhecidos e comuns no dia a dia.
  • Idade: com o passar dos anos as pessoas apresentam uma tendência a tornarem-se menos ativas fisicamente e socialmente. A falta de atividades diárias pode interferir em uma boa noite de sono, pois quanto menos ativa uma pessoa for, mais tempo ela terá para tirar cochilos ao longo do dia, o que dificulta na hora de dormir à noite.
  • Refeições muito tardias e em excesso: comer demais pode fazer com que a pessoa se sinta fisicamente desconfortável, podendo atrapalhar na hora de adormecer. Muitas pessoas ainda apresentam azia e refluxo ao deitar-se, que também prejudicam o sono.

Fatores de risco

O risco de uma pessoa vir a apresentar insônia, mesmo que ocasionalmente, é maior quando:

• Apresentam idade superior a 60 anos, por mudanças na rotina, alterações no padrão de sono e problemas de saúde.
• Ser do sexo feminino, uma vez que mulheres são mais propensas a sofrer insônia, principalmente por alterações hormonais.
• Apresentar doenças primárias como: transtorno bipolar, estresse, ansiedade, depressão ou até mesmo traumas.
• Trabalhar no período da noite ou realizar muitas viagens a trabalho, principalmente quando tenha troca de fuso horário.

Sinais e Sintomas da Insônia

Geralmente o próprio indivíduo diagnostica a insônia, ao perceber o aparecimento dos sintomas, sendo eles:

• Dificuldade para adormecer.
• Despertar durante o sono ou acordar muito cedo.
• Sentir-se cansado (a) após uma noite de “sono”.
• Irritabilidade ou mudança de humor repentina.
• Cansaço ou sonolência durante o dia.
• Dificuldade para prestar atenção e dificuldade de memorização.
• Falta de concentração ou lentidão durante atividades
• Dores de cabeça.

Diagnóstico

Ao suspeitar que está sofrendo de insônia, é necessário procurar um médico neurologista para fazer a avaliação do padrão do sono e a presença de outros sintomas associados. Em determinados casos, pode ser necessária a realização de uma polissonografia para complementar a avaliação clínica.

Tratando a Insônia

Conhecida como terapia de higiene do sono, essa é a forma mais comum de tratar pacientes com insônia. Ela consiste na criação de hábitos diários para tentar regular o ciclo do sono naturalmente, como definir horários fixos para ir dormir e acordar, evitar o consumo de cafeína durante a noite e não mexer no celular ou assistir televisão, por pelo menos 1 hora antes de dormir. O paciente pode ainda fazer o consumo de chás calmantes (sem cafeína) antes de dormir.

Para casos em que a forma natural não tem sucesso, pode ser feita a indicação de uso de medicamentos indutores do sono. O tratamento escolhido varia de acordo com o quadro de cada indivíduo.

Prognóstico

Em sua maioria, as pessoas que sofrem de insônia ocasionalmente retornam aos padrões normais de sono ao final de alguns dias, especialmente se os fatores que levaram a sua ocorrência são tratados ou, até mesmo, modificados/corrigidos.

Já os indivíduos que apresentam insônias crônicas, o prognóstico depende do problema gerador de tal condição. Um exemplo são os indivíduos que apresentam uma apneia do sono obstrutiva, caso em que a maioria sente alívio quando usa uma máscara nasal durante a noite. A máscara proporciona uma pressão de ar contínua através da boca e do nariz, auxiliando assim nas trocas gasosas e permitindo que o indivíduos não fique “sem ar” durante o sono, possibilitando uma melhor noite de sono.

Caso você acredite estar sofrendo de insônia, mesmo após fazer a mudança de hábitos, procure um profissional especializado para investigar as causas e orientar a melhor opção terapêutica.

• 14 de janeiro de 2019
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• pedroalbino