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paralisia cerebral

A paralisia cerebral é uma síndrome ocasionada por lesões que afetam o sistema nervoso central, e pode atingir bebês desde o momento da concepção até os dois anos de idade. Essa é a causa mais comum de deficiências graves na primeira infância, afetando cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral.

Popularmente conhecida como PC, a paralisia cerebral não é uma doença, mas sim uma designação de um grupo específico de desordens motoras, que não são progressivas, ou seja, não se agravam com o tempo. Em muitos casos, as crianças que sofrem desta síndrome possuem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas responsáveis pelo pensamento ou pela memória. Portanto, uma pessoa com PC não pode ser classificada como deficiente mental.

 

Causas da Paralisia Cerebral

Diversos tipos diferentes de malformações cerebrais e danos ao cérebro podem causar a paralisia cerebral, e elas podem ocorrer durante a gestação, durante o trabalho de parto, ou ainda até que a criança complete dois anos de vida.

Durante a gestação, conhecidas como causas pré-natais, a maioria das lesões que acometem os bebês estão relacionadas com a saúde materna, como diabetes, doença tireoidiana e pressão alta. Há o risco por infecções como a rubéola, toxoplasmose, infecção pelo vírus Zika ou infecção por citomegalovírus, além do uso de substâncias tóxicas, como álcool, tabaco e outras drogas. Em alguns casos, as malformações cerebrais resultam de anomalias genéticas.

Durante o trabalho de parto e até seis horas após o nascimento da criança, conhecidas como causas perinatais, os mais comuns fatores de risco são: a redução da pressão parcial do oxigênio e da concentração de hemoglobina, prematuridade, baixo peso ao nascer, trabalho de parto longo, perda considerável de sangue e nó do cordão umbilical.

Após o nascimento da criança e até os seus dois anos de idade, as causas pós-natais mais comum são: meningite viral (na qual ocorre a inflamação dos tecidos que revestem o cérebro) traumas na região do crânio, mal convulsivo e desidratação grave.

 
Tipos de PC

A criança com Paralisia Cerebral possui o controle da postura e de seus movimentos afetados, e dependendo da localização das lesões e áreas do cérebro acometidas, as manifestações podem ser diferentes.

Os tipos mais comuns de acordo com a disfunção motora são:

 

  • Paralisia cerebral espástica: é a variação mais comum da síndrome (ocorre em mais de 70% das crianças com PC) e atinge a região do córtex motor do cérebro, responsável pelos movimentos. Ocorre a diminuição da força muscular e o aumento do tônus muscular, causando enrijecimento. As pernas e os braços afetados são pouco desenvolvidos, e problemas de visão, como o estrabismo, podem ocorrer. As crianças que sofrem de tetraplegia espástica são as mais gravemente afetadas, e frequentemente apresentam deficiência intelectual, como também convulsões e dificuldades para engolir.
  • Paralisia cerebral atetoide: este tipo ocorre em aproximadamente 20% das crianças com paralisia cerebral, na qual os braços, pernas e o corpo movem-se espontaneamente de maneira involuntária. Isso acontece devido a um estímulo ineficaz e exagerado que o cérebro envia ao músculo, não sendo capaz de manter um padrão. Em geral, as crianças que apresentam este tipo possuem uma inteligência normal e raramente têm convulsões.
  • Paralisia cerebral atáxica: este tipo ocorre em menos de 5% das crianças com paralisia cerebral e é caracterizada pela diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente. Isso acontece devido a lesão ou anomalia no cerebelo ou das vias cerebelosas.
  • Paralisia cerebral mista: é quando a criança apresenta pelo menos dois tipos associados de alteração do movimento, sendo a combinação mais frequente a de espástico com atetoide.

 

Sintomas e Diagnóstico

A paralisia cerebral é difícil de ser diagnosticada durante a primeira infância, por isso o diagnóstico geralmente ocorre entre os 3 e os 18 meses, quando os pais constatam um atraso no desenvolvimento.

Alguns sintomas observados pelos pais podem indicar a existência de PC, como a predominância acentuada de um membro em relação ao outro, ou seja, o bebê sempre pega os objetos com a mesma mão, e também a persistência de reflexos primitivos (que nascem com a criança e devem desaparecer durante o crescimento).

Se há a suspeita de paralisia cerebral, o médico pode requerer exames de imagem do cérebro, em especial a ressonância magnética (RM), que pode detectar anomalias que estão causando os sintomas.

 

Tratamento

Não há cura para a paralisia cerebral, porém existem diversos tratamentos disponíveis que podem melhorar os sintomas associados à síndrome, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos com PC e de suas famílias.

A fisioterapia é essencial na rotina das crianças que possuem PC, pois fortalece os músculos enfraquecidos, impede a formação de novas contraturas e deformidades e colabora na quebra do padrão gerado pela síndrome. Além disso, a fisioterapia busca estimular movimentos funcionais, impedir complicações respiratórias e vasculares.

A Terapia Ocupacional também possui papel de extrema importância na vida da criança com PC, pois ela trabalha com a rotina do indivíduo e o auxilia a desempenhar suas atividades de maneira autônoma e independente, buscando o melhor nível de desempenho em todas suas atividades.

A toxina botulínica tipo A pode ser utilizada para tratamento em certos casos de paralisia cerebral, pois ao ser injetada no músculo de crianças com paralisia espástica, ela induz a redução temporária no tônus muscular. O uso da substância pode promover uma melhor função motora quando combinada aos demais tratamentos.

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