Marque uma consulta: +55 48 99130-7557

  • Telefone

    +55 48 99130-7557
  • Av. Pref. Osmar Cunha, 183

    Sala 810, Bl. A - Florianópolis/SC
  • Seg - Sexta

    Horários abaixo
Doença de Parkinson: o que é, sintomas e tratamentos

A Doença de Parkinson é uma doença crônica, neurodegenerativa, causada pela degeneração dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina no cérebro.

Atualmente, estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos apresenta Doença de Parkinson, o que correspondente a 400 mil brasileiros com a doença.

 

Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Para que um paciente seja diagnosticado com a Doença de Parkinson, é preciso que ele apresente pelo menos Bradicinesia e, em geral, mais 1 dos outros 3 principais sinais motores que caracterizam a doença:

1. Rigidez
2. Tremor em repouso
3. Dificuldade de equilíbrio

A Bradicinesia é a dificuldade de iniciar movimentos acompanhada de lentidão na execução. O movimento de abrir e fechar a mão rapidamente ou fazer o movimento de pinça, por exemplo, é muito mais lento se comparada à alguém que não possui a doença.

O tremor, apesar de ser o sintoma mais conhecido da doença, nem sempre está presente. Muitas vezes o paciente pode apresentar-se apenas com rigidez e bradicinesia.

Além desses sinais clássicos descritos, a doença apresenta também diversos sintomas não motores que afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes. São eles:

– Déficit olfativo: 70 a 90% dos pacientes com doença de Parkinson vão apresentar perda da sensibilidade olfativa, muitas vezes inclusive, antecedendo o aparecimento dos sintomas motores.

– Constipação: sintoma também muito prevalente, provavelmente relacionado à alterações degenerativas do próprio intestino.

– Depressão: também é comum na doença de Parkinson, ocorrendo em mais de 1/4 dos casos recém diagnosticados.

– Distúrbio comportamental do sono REM: ocorre em até metade dos pacientes com doença de Parkinson, e acontece quando a musculatura não fica em estágio de paralisia durante o sono. Por conta disso, a pessoa acaba vivenciando o que está sonhando e acaba por falar, empurrar e ter um comportamento violento enquanto dorme. Os pesadelos são comuns, além dos sonhos vívidos, que parecem reais.

– Micrografia: a escrita do paciente começa a ficar cada vez menor, com letras miúdas.

– Hipofonia: diminuição do volume da voz.

 

Quais são os tratamentos da Doença de Parkinson?

Os pacientes afetados pela doença apresentam diversos sintomas não motores concomitantes, como os descritos acima, e também não há um padrão dos sintomas motores apresentados, podendo variar ao longo do dia.

O tratamento da Doença de Parkinson é individualizado, e o paciente deve ser acompanhado de perto pelo seu neurologista, que pode ser ou não especialista em Distúrbios do Movimento.

Grande parte das medicações utilizadas para o tratamento da doença estão disponíveis no programa do SUS, como a levodopa, pramipexol, entacapona e amantadina. Há pouco tempo atrás a rasagilina foi incorporada ao rol de medicamentos que estarão disponíveis pelo SUS. Além desses, ainda dispomos de medicações de uso transdérmico, como a rotigotina.

Todos esses medicamentos citados são utilizados com o objetivo de melhorar os sintomas motores e alguns dos sintomas não motores da doença. Mudanças de hábitos de vida, além da terapia medicamentosa, podem ser instituídas para o tratamento dos sintomas não motores, como a constipação, depressão e distúrbios do sono.

É importante lembrar que o tratamento é multidisciplinar. Portanto, além do acompanhamento com o neurologista e o uso dos medicamentos, é fundamental que o paciente realize reabilitação neurológica, com acompanhamento de fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional, atividade física regular e outros, conforme sua necessidade.

Além disso, para casos selecionados, há a opção do tratamento cirúrgico com grande benefício e melhora na qualidade de vida dos pacientes.

 

A importância da atividade física no tratamento do Parkinson

É fundamental que o paciente com doença de Parkinson realize reabilitação neurológica, com foco no condicionamento aeróbico, manutenção de força muscular e também equilíbrio. As práticas regulares de exercícios físicos colaboram na melhora da função motora, bem como melhora da depressão, da fadiga e da dor crônica, muito comuns nesses pacientes.

Estudos recentes mostram que a prática regular de atividade física aeróbica, como caminhadas ou corridas, ajudam a retardar a evolução da doença, além dos ganhos cardiorespiratórios já conhecidos.

Alongamentos são importantes para manter a flexibilidade das articulações, e os exercícios de resistência ajudam a manter o tônus muscular, além de fortalecer musculaturas importantes para a postura, como músculos abdominais e das costas.

 

Quais medicamentos o paciente deve evitar?

Fazer uso de alguns medicamentos pode agravar os sintomas em quem tem doença de Parkinson. É muito importante checar com o seu neurologista o uso de certos medicamentos e verificar quais são os riscos. Veja algumas contraindicações:

– Antipsicóticos mais antigos, como o haloperidol, clorpromazina, levomepromazina, utilizados para tratamentos psiquiátricos, acentuam a rigidez e a lentidão dos movimentos do Parkinson.

– Bromoprida e metoclopramida, usados para enjôo e vômitos.

Cinarizina e flunarizina, para tratamento de labirintite.

– Alguns anti-hipertensivos, como alfa-metildopa, verapamil e diltiazem.

– Carbolitium, ácido valpróico e sulpirida.

 

Tem mais alguma dúvida sobre a Doença de Parkinson ou gostaria de marcar uma consulta? Entre em contato pelo telefone ou preencha o formulário aqui na página. Será um prazer atendê-lo(a)!

Tags: , , ,

Add Your Comments

Your email address will not be published. Required fields are marked *