A Poliomielite, mais conhecida como Pólio ou Paralisia Infantil, é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus. A doença está erradicada do Brasil desde 1990, mas corre o risco de voltar a circular no país por conta da falta de vacinação que vem ocorrendo.
Para se ter uma ideia, no ano de 2016, 312 municípios brasileiros tiveram uma cobertura vacinal abaixo de 50% entre crianças menores de 1 ano – idade em que se deve fazer as primeiras aplicações da vacina contra a Pólio.
Neste mesmo ano, a meta de vacinação não foi cumprida, sendo apenas 86% da população imunizada. Esta foi a pior taxa de vacinação dos últimos 12 anos. A vacinação deve imunizar, no mínimo 95% da população para que seja considerada uma medida efetiva.
Sendo assim, o risco da volta de circulação da doença é real e muito grave, tendo em vista que a vacinação é a única forma de evitar a infecção do poliovírus.
O poliovírus pode ser transmitido de duas formas: por meio do contato com as fezes de uma pessoa infectada, seja por meio de alimentos, água ou objetos; ou por via respiratória, a partir de gotículas de saliva durante a fala, tosse ou espirro.
Os sintomas podem variar muito, podendo inclusive ter uma ausência de sintomas, sendo comumente confundidos com doenças mais leves, como uma gripe, por exemplo. Mas, a doença também pode se manifestar de forma muito severa, causando paralisia e até mesmo a morte.
Conheça alguns dos sintomas mais comuns:
De forma grave, os sintomas podem ser:
Deve-se sempre suspeitar da doença em menores de 15 anos, quando houver paralisia flácida ou que os reflexos dos músculos diminuam ou não existam.
O diagnóstico é feito pela detecção do poliovírus nas fezes. Exames como o liquor e a eletromiografia também são utilizados.
Infelizmente não existe tratamento específico para a Poliomielite ou Paralisia Infantil. O tratamento pode ser feito apenas em relação aos sintomas.
A melhor forma de tratar é se prevenir, ou seja, receber a vacinação para evitar a aquisição da doença e a volta de sua circulação no país.
As sequelas são normalmente motoras e sem cura, por conta da infecção da medula e/ou do cérebro pelo poliovírus. Essas sequelas são tratadas com fisioterapia e exercícios para auxiliar na força dos músculos afetados, e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, bem como sua independência.
Conheça algumas sequelas da Poliomielite:
O aparecimento da doença é mais comum em crianças, mas os adultos não imunizados também correm o risco de contrair o poliovírus. Por isso, é necessário redobrar a atenção em tarefas simples do dia a dia, como lavar bem as mãos e os alimentos, além de sempre beber água tratada.
A vacinação é feita nos primeiros meses de vida da criança, sendo três doses da vacina injetável (VIP) aos 2, 3 e 6 meses, seguida de mais duas doses de reforço oral (VOP): uma entre 15 a 18 meses, e outra aos 4 anos de idade.
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