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Aneurisma: o que é, seus sintomas e tratamentos.

O que é o Aneurisma?

O aneurisma é uma dilatação que ocorre em uma parede enfraquecida de um vaso sanguíneo chamado artéria, podendo localizar-se em qualquer parte do corpo, como o cérebro, coração, membros e abdômen. As artérias são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano, uma vez que são responsáveis por transportar o sangue oxigenado do coração para o restante do corpo.

Essa dilatação anormal da artéria pode permanecer sem se romper durante todo a vida, não apresentando nenhum tipo de sintoma para o portador. Entretanto, caso ocorra o rompimento, o indivíduo sofrerá de uma hemorragia (extravasamento do sangue), que pode levar a diversas consequências e sequelas, dependendo da região afetada.

 

Quais os tipos de aneurisma?

O aneurisma pode adquirir diferentes formatos, podendo ser irregular ou fusiforme. Em relação ao seu tamanho, podem ser considerados pequenos, que possuem até 1 cm, de tamanho médio, com até 2 cm, ou maiores, com tamanho igual ou superior a 3 cm.

Em relação à parte de corpo em que ocorrem, os dois tipos mais comuns de aneurisma são o cerebral (acontece em uma das artérias cerebrais) e o da aorta (a principal artéria que sai do coração). O aneurisma cerebral é considerado muito perigoso pois, ao romper-se no interior do crânio produz lesão e aumento da pressão intracraniana, havendo maiores chances do indivíduo ir a óbito. Cerca de um terço dos indivíduos que sofrem de aneurisma cerebral apresentam a ruptura desse vaso.

De acordo com médicos especialistas, um aneurisma que apresenta 6 cm de diâmetro ou mais apresenta um risco de cerca de 10% de se romper no prazo de um ano. Em casos como esse, por exemplo, a taxa de mortalidade é muito alta, podendo se aproximar dos 90%, mesmo que seja realizado o tratamento adequado a partir da sua descoberta após o rompimento.

 

Quais são suas causas conhecidas?

O indivíduo que apresenta essa patologia pode nascer com o problema, principalmente por predisposição familiar, ou adquiri-lo ao longo da vida. As possíveis causas dessa doença podem ser relacionados a fatores como hipertensão, dislipidemia, diabetes, tabagismo ou traumatismos.

Além disso, existem alguns fatores genéticos que podem colaborar para o crescimento e até mesmo o aparecimento do aneurisma, como o envelhecimento, ser do sexo feminino, presença de rins policísticos e histórico familiar (principalmente se o familiar for de primeiro grau).

Quanto ao envelhecimento, estima-se que cerca de 2 a 5% da população do sexo masculino com mais de 60 anos de idade apresentam essa dilatação, entretanto a grande maioria desconhece sua presença por não apresentar sintomatologia, que surgirá quando a dilatação já estiver em um tamanho moderado ou até mesmo quando já houver a ruptura da dilatação.

 

Quais são os sintomas?

Os aneurismas de pequeno porte costumam ser assintomáticos. Quando aumentam de tamanho, o paciente pode vir a apresentar alguns sintomas relacionados a compressão de estruturas localizadas ao redor do aneurisma. Caso haja o rompimento, os sintomas serão de acordo com a área lesada e com a extensão do sangramento gerado.

Os principais sintomas que podem se manifestar após o rompimento são: dor de cabeça súbita e de forte intensidade, náuseas, vômitos e, em alguns casos mais graves, perda da consciência e convulsão. Caso o sangramento não seja revertido de forma eficaz e rápida, há grandes chances de óbito.

 

Como é realizado o diagnóstico?

A suspeita diagnóstica surge de uma episódio de dor de cabeça súbito de forte intensidade, comumente relatada pelos pacientes como “a pior dor de cabeça da vida”. A falta de resposta ao uso de analgésicos, a confusão mental e a perda de consciência que costumam vir a seguir auxiliam na hipótese diagnóstica.

Além disso, os seguintes exames podem ser usados para confirmar um aneurisma cerebral e para determinar sua localização e diâmetro: (Angio)Tomografia computadorizada de Crânio/Encéfalo; (Angio)Ressonância magnética de Encéfalo; ou ainda a Angiografia cerebral, que é o exame mais sensível para diagnosticar o aneurisma, porém de maior risco também, por ser um exame invasivo.

 

Como é o tratamento?

Por ser assintomático, o tratamento do aneurisma não roto (que não tenha se rompido) vai depender do tamanho, da localização, dos fatores de risco do paciente e dos sintomas que porventura venham a aparecer.
Entretanto, quando já ocorreu o sangramento, o quadro torna-se emergencial. O tratamento é realizado em vista do controle dos sintomas e para interrupção do extravasamento de sangue. A oclusão pode ser realizada a cirurgia por cirurgia aberta ou endovascular (pela virilha).

Para pacientes com outros tipos de aneurisma, extra-cranianos, a cirurgia tem o objetivo de substituir parte da artéria através de um enxerto de plástico ou de tecido. Também pode ser realizado o implante de stents, que são fixadores endovasculares.

 

Possíveis complicações.

Quando ocorre o rompimento de um aneurisma cerebral, o sangramento causado geralmente não dura mais que alguns segundos. No entanto, o sangue pode provocar danos irreversíveis às células do cérebro que estão localizados ao redor do aneurisma, incluindo a morte celular. Além disso, o rompimento do aneurisma cerebral pode aumentar a pressão dentro do crânio, e caso torne-se muito elevada, o fluxo de sangue e de oxigenação no cérebro pode ser interrompido, causando perda de consciência e podendo levar o indivíduo a óbito.

Já no aneurisma abdominal, a pessoa pode passar a sentir fortes dores na região do abdômen ou nas costas, de forma persistente, como também náuseas, vômitos, frequência cardíaca acelerada, queda de pressão e, nos piores casos, choques hemorrágicos que causam grande perda de sangue, podendo levar assim ao óbito.

 

Prevenção.

Não há medidas específicas para evitar que ocorra a formação de um aneurisma, exceto a mudança de estilo de vida para pacientes que já tenham predisposição: cessar o tabagismo, controle da pressão arterial e dos níveis de glicose no sangue, bem como realizar atividade física de forma regular. Tais medidas também podem ser adotadas para pacientes com aneurismas de tamanho pequeno, desde que permitidas por um médico especialista, para evitar sua ruptura. A ingestão de alimentos saudáveis também tende a reduzir a inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos.

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