O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou, mais comumente conhecido apenas como Autismo, é caracterizado pela dificuldade no desenvolvimento da comunicação e interação social, associado a comportamentos estereotipados.
O Autismo passou a ser chamado de TEA em meados de 2013, uma vez que o termo “espectro” engloba variados graus de acometimento, desde o nível mais leve ao mais severo.
As características de um indivíduo com o Transtorno do Espectro Autista podem ser percebidas logo no seus primeiros anos de vida.
É muito importante que os responsáveis fiquem atentos a qualquer anormalidade, por mais sutil que possa ser, para que o tratamento seja feito o quanto antes e assim os sintomas e os atrasos no desenvolvimento sejam corrigidos ou amenizados.
Crianças com TEA tem uma comunicação verbal e não verbal diminuída ou prejudicada, podendo apresentar uma menor interação mesmo com os pais.
Por mais que um bebê ainda não fale palavras corretamente, sons e movimentos que tenham a intenção de se comunicar são normais em crianças de até 2 anos. Bebês que apresentam o TEA já tendem a apresentar um atraso neste sentido (no sorriso, no olhar).
Outra característica de crianças com autismo é a falta da atenção compartilhada, algo muito relevante a ser observado. Quando os pais mostram um bichinho para a criança, por exemplo, normalmente ela pegaria o objeto e então voltaria a atenção para os pais como uma forma de compartilhar a sua reação. Também chamamos isso de triangulação.
O mesmo acontece quando os pais olham para determinado lugar e a criança segue o olhar do responsável. Já a criança com autismo não tem esse tipo de comportamento, ou tem em um grau menor do que o esperado.
A criança com TEA é mais autônoma, independente e até mais séria. Entende, pode olhar nos olhos… mas faz isso um pouco menos do que deveria, não utilizando muito de estratégias para se comunicar. Gostam de repetir movimentos sem uma função específica (estereotipias), ficar com os mesmos objetos e fazer coisas repetidamente.
Nada disso quer dizer que são incapazes, mas sim que há uma diferença no que é esperado dentro dos marcadores de desenvolvimento.
Veja algumas características gerais:
Muito se fala sobre as causas de uma criança vir a desenvolver o autismo. Há hipótese mais aceita atualmente, é que existam fatores genéticos envolvidos, associados a fatores ambientes (causados pelo meio externo) dentro ou fora da vida intra-uterina.
Acredita-se que entre as causas ambientais podemos ser: parto prematuro, uso de alguma substância/medicação/agrotóxicos pela mãe durante a gestação, infecções antes ou após o parto, diabetes gestacional, bem como a idade materna ou paterna podem estar envolvidos.
O Autismo pode ser dividido em três tipos, hoje englobados no termo Transtorno do Espectro Autista: leve (1), moderado (2) e grave ou severo (3).
Nos casos mais leves há atraso parcial no desenvolvimento da linguagem e da interação social, bem como estereotipias menos expressivas. Os casos moderados apresentam atrasos linguísticos mais significativos, comportamentos estereotipados incomuns e de difícil manejo, além dos pais vivenciarem desafios comportamentais e sociais. Já no nível grave ou severo, há muitas limitações na interação social, respostas mínimas ou ausentes, estereotipias mais intensas e de difícil controle, comportamento inflexível e dificuldade para lidar com mudanças.
É de extrema importância que os pais ou responsáveis procurem intervenção médica o quanto antes para prevenir atrasos no desenvolvimento. Observe o comportamento do seu filho (a) principalmente até os 3 anos de idade e procure um neurologista se houver uma suspeita quanto a esse diagnóstico.
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