A Síndrome da Dor Complexa Regional é uma condição crônica que pode afetar membros, tronco e diversas áreas do corpo. É uma dor muito forte, ardente e que acomete os nervos e vasos sanguíneos.
Esta condição chega a afetar em torno de 150 mil brasileiros. A Síndrome da Dor Complexa Regional pode aparecer por volta dos 40 anos ou mais, em homens e mulheres, sendo as mulheres mais acometidas.
A dor é extremamente intensa, apresentando alterações de temperatura na região, inchaço, vermelhidão e até mesmo hipersensibilidade ao toque (condição que chamamos de Alodínia).
Essas alterações também podem levar a mobilidade reduzida, rigidez, falta de coordenação e até mesmo afetar os movimentos por meio de distonias, espasmos ou tremor.
A Síndrome da Dor Complexa Regional pode afetar diversas áreas do corpo, mas as mãos são os membros mais comumente acometidos. A síndrome também pode gerar alterações nas unhas e pelos, fazendo com que as unhas fiquem quebradiças e os pelos cresçam mais lentamente.
A Síndrome da Dor Complexa Regional pode ser classificada em dois tipos. O primeiro não apresenta alterações a partir de alguma lesão neural, ou seja, tem sua causa desconhecida.
O segundo tipo, que representa 90% dos casos, tem sua causa originada de uma lesão neural.
Tendo em vista o segundo tipo, essa condição crônica pode ser causada por alguns fatores de risco como: acidentes, traumas, fraturas, lesões, queimaduras e até mesmo Esclerose Múltipla.
Se houve alguma alteração que acometeu algum nervo, isso pode levar no futuro ao aparecimento da síndrome.
O diagnóstico é clínico, mas para eliminar outras condições, poderão ser feitos alguns exames adicionais, além dos critérios relacionados ao histórico e sintomas. São eles: Radiografia, Tomografia, Ressonância Magnética, Eletroneuromiografia, entre outros.
A Síndrome da Dor Complexa Regional não tem cura, mas possui tratamento que pode minimizar os sintomas e trazer qualidade de vida ao paciente.
O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, com fisioterapia, psicoterapia e até psiquiatria, em casos selecionados.
Medicamentos também podem ser utilizados em conjunto para controle da dor, como antidepressivos e anticonvulsivantes.
Caso não haja uma melhora após 3 meses, é possível fazer procedimentos minimamente invasivos como infiltração e neuromodulação com radiofrequência, além do “Dry Needling”.
Se mesmo assim houver o retorno da dor e a persistência por mais de 6 meses, há a possibilidade de utilizar estimulação medular.
O melhor tratamento para o seu caso será prescrito pelo seu neurologista. Portanto, assim que notar qualquer alteração, não deixe de procurar seu médico para entender as causas e fazer o tratamento correto o quanto antes.
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