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Miastenia grave: conheça a doença!

A miastenia grave, também conhecida como miastenia gravis, é um distúrbio neuromuscular crônico autoimune, que tem como características a fraqueza muscular e a rápida fadiga quando alguma musculatura é “solicitada” pelo indivíduo de forma voluntária.

A doença é rara, porém possui maior incidência entre mulheres jovens, de 20 a 40 anos, ou homens idosos, com idades entre 50 a 80 anos. Entretanto, ela pode afetar pessoas de ambos os sexos em outras faixas etárias, sendo raros os casos de início da doença durante a infância.

Além disso, indivíduos que sofrem de outras doenças autoimunes podem estar mais suscetíveis a apresentar a miastenia. Algumas das patologias associadas são a artrite reumatoide e doenças que tornam a glândula tireoide hiperativa.

  

Causa da Miastenia Grave

Esse distúrbio é causado por uma disfunção no sistema imunológico, que acaba por afetar a comunicação entre os nervos e os músculos, que ocasionam esses episódios de fraqueza muscular.

De forma geral, os nervos e os músculos se comunicam através de neurotransmissores responsáveis pela contração dos músculos. Com a presença dessa patologia, o sistema imunológico realiza a produção de anticorpos que atacam os receptores que são responsáveis por responder aos estímulos dados por esses neurotransmissores, tornando-se assim comprometida a comunicação entre as células nervosas e o músculo que deve realizar o movimento.

Segundo pesquisadores, a miastenia grave pode ser ainda desencadeada por alguns fatores como infecções, atos cirúrgicos e uso de alguns tipos de medicamentos que servem para controlar a pressão, para tratar malária e para arritmias cardíacas.

Ainda, algumas pesquisas indicam a possível relação com tumores no timo com a presença da doença, por esse ser uma glândula ligada ao sistema imunológico responsável por produzir anticorpos.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da miastenia grave são:

  • fadiga extrema;
  •  fraqueza muscular;
  • dificuldade na deglutição e para mastigar;
  • falta de ar;
  • ptose palpebral (pálpebras caídas);
  • diplopia (visão dupla);
  • voz anasalada.

 

No início da doença, os sintomas podem estar ausentes ao acordar, manifestando-se ao decorrer do dia. Conforme a progressão do quadro, os períodos livres de sintomas vão reduzindo.

Os sintomas costumam variar de intensidade no decorrer do dia, tornando-se piores quando o indivíduo realiza esforços físicos, fica em estado de agitação, adquire infecções ou permanece em altas temperaturas.

 

Diagnóstico e Exames

Caso você ou algum familiar apresente dificuldades para respirar, enxergar, engolir, mastigar, caminhar, sustentar a cabeça ou usar os braços e as pernas normalmente, busque ajuda médica

São necessários alguns exames para confirmar o diagnóstico, como:

  • Eletroneuromiografia – estimula os músculos e registra sua atividade elétrica;
  • Exames de sangue para detectar anticorpos aos receptores de acetilcolina e, às vezes, outros anticorpos presentes em pessoas com o distúrbio.

 

Tratamento da Miastenia Grave

O tratamento da miastenia grave costuma ser feito com uma combinação de diferentes fármacos, que atuam sobre a doença de forma distinta. O objetivo desses medicamentos é ajudar a melhorar a força rapidamente, suprimir a reação autoimune e retardar a progressão da doença.

Os mais comuns são:

  • Inibidores da colinesterase.

Agem aumentando o tempo de viabilidade da acetilcolina na junção neuromuscular, melhorando a capacidade e a força de contração muscular. Esse fármaco apresenta eficácia variável, sendo muito bons para alguns pacientes, mas pouco efetivos para outros. Esse tipo de tratamento age puramente nos sintomas, pois ele não tem ação direta nas causas da miastenia.

  •  Imunossupressores

Esses medicamentos agem diretamente no sistema imunológico, inibindo a produção dos auto anticorpos. Entre os imunossupressores mais utilizados estão:

    • Prednisona.
    •  Azatioprina.
    •  Micofenolato mofetil.
    • Ciclosporina.
    • Ciclofosfamida.
    • Rituximab.

 

A grande desvantagem dos imunossupressores é que eles agem indiscriminadamente sobre o sistema imunológico, diminuindo a produção dos anticorpos nocivos, mas também dos anticorpos úteis para combater vírus e bactérias.

Caso seja encontrado um timoma, deve-se extrair o timo cirurgicamente, para evitar que o tumor se dissemine. 

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