O cérebro humano e todo o sistema nervoso possuem milhares de funções, sendo que muitas delas ainda não foram desvendadas pela ciência.
Mas, dentre as capacidades e mecanismos já conhecidos, alguns nos surpreendem, a exemplo da plasticidade.
Em geral, pode-se dizer que se trata de um mecanismo de adaptação dos neurônios às mais distintas situações, com o objetivo de preservar a função destas células.
A seguir, saiba mais sobre o assunto, e também aprenda a estimular a plasticidade cerebral!
Os neurônios são as menores estruturas do sistema nervoso, e que têm como principal função a condução dos estímulos (“mensagens”) do cérebro a determinadas parte do corpo, e vice-versa.
A neuroplasticidade corresponde à capacidade destas estruturas se adaptarem conforme a situação em que estão vivendo.
Por exemplo, imagine um indivíduo que recentemente sofreu um AVC, e com isso, perdeu parte das suas funções cerebrais. Quando é realizada a fisioterapia, fonoaudiologia, além de outros tratamentos específicos, estimula-se a plasticidade, e assim, as funções podem ser readquiridas, total ou parcialmente, através da neuroplasticidade.
Além desta, existem outros tipos de neuroplasticidade:
Agora que você já sabe mais sobre o assunto, deve estar se perguntando quais os benefícios deste mecanismo para o ser humano, não é?
A seguir, confira uma lista:
E muito mais.
Muito mais importante que entender o conceito e as vantagens deste brilhante mecanismo do nosso corpo, é preciso aprender a estimular a neuroplasticidade, e assim, a ter um cérebro mais capaz de se recuperar de lesões, e também para prevenir doenças.
Quando se aprende uma nova língua (independente de qual seja), novas conexões cerebrais precisam ser criadas, e assim, a neuroplasticidade é estimulada fortemente.
Viajar para outro país, e exercitar esse novo idioma, é um “plus” para o cérebro, afinal, este desafio envolverá a comunicação com uma cultura diferente, adaptação aos costumes, e muito mais.
Estar aberto ao conhecimento é uma maneira de deixar seu cérebro intacto, e claro, a estimular novas conexões.
Isso envolve os mais diversos tipos de conhecimento, como uma nova profissão, aprender sobre outra cultura, artes, ou quaisquer assuntos.
De nada servirá o estímulo cerebral se o organismo não tiver “combustível” para mudar. Sendo assim, é imprescindível investir em uma alimentação saudável.
Além disso, acredita-se que alguns alimentos possuem uma função “bônus” no cérebro, a exemplo daqueles que contêm ômega 3.
Dormir bem é fundamental para que, no dia seguinte, novas conexões cerebrais sejam criadas, e você possa aprender mais.
A quantidade ideal de sono varia conforme o perfil de cada indivíduo, e também dentre as variadas faixas etárias.
Quando realizamos as mesmas atividades, todos os dias, da mesma maneira, nenhuma parte nova do cérebro é estimulada.
Diferentemente, quando escapamos da rotina e buscamos novos caminhos e alternativas, novas conexões são criadas, e, claro, a neuroplasticidade precisa ser ativada.
Há uma tendência para que desempenhos principalmente tarefas que privilegiem nossas maiores habilidades. Por exemplo, quem é bom em matemática, tende a trabalhar mais com cálculos.
Porém, é preciso que os estímulos sejam feitos a todas as “áreas” do cérebro. Sendo assim, se você tem habilidades matemáticas bem desenvolvidas, pode ser a hora de estimular também a sua criatividade.
Assim como todos os órgãos, o sistema nervoso também tende a se deteriorar com o avançar da idade.
Para driblar o processo do envelhecimento neuronal, a atividade física é uma importante aliada, afinal, age atenuando tal deterioração que se inicia por volta dos 30 anos de idade.